segunda-feira, 28 de maio de 2012


Proteína e ganho muscular. Tire suas dúvidas.



      Estamos inseridos em uma sociedade que, cada vez mais, impõe padrões de beleza e determina qual seria o corpo perfeito. Ir à academia se torna uma necessidade, algo nem um pouco espontâneo. A nova moda de suplementos anabolizantes veio para ficar e, com escolhas erradas e más informações pode-se obter um resultado totalmente contrário ao desejado.


                      Foto: Suplementos Alimentares.


    As proteínas são macromoléculas presentes em todas as células dos organismos vivos. Elas são formadas por combinações dos 20 aminoácidos, suas menores unidades elementares, em diversas proporções e cumprem funções estruturais, reguladoras, de defesa e de transporte nos fluidos biológicos. A junção dos aminoácidos se dá por meio da ligação peptídica que une o grupo carboxílico de um aminoácido ao grupo amino do outro, liberando uma molécula de água a cada ligação.


Foto: Ligação peptídica.



      Alguns aminoácidos, os essenciais, devem ser fornecidos pela dieta; sua falta ocasiona alterações bioquímicas, fisiológicas e diminuição acentuada na síntese protéica. As melhores fontes protéicas são as de origem animal; no entanto, a ingestão de misturas de cereais e leguminosas fornece-nos também a quantidade necessária para a síntese de proteína.


                                Foto: Alimentos fonte de proteína.



       As proteínas fornecem aminoácidos ao organismo, que terão destinos diferentes. Entre eles, o anabolismo, onde os aminoácidos servirão na construção e manutenção dos tecidos, formação de enzimas, anticorpos, no fornecimento de energia e na regulação de processos metabólicos. 
      Levando em conta a ingestão excessiva de proteína, a necessidade de um indivíduo adulto correponde de 0,80 a 1 g de proteína por quilo de peso corporal. O organismo utilizará a quantidade de proteína que ele necessita para desenvolver suas funções específicas pelas quais a proteína é responsável. O restante da proteína será degradada e convertida em outros compostos.
    As DRIs (Dietary Reference Intakes), são valores de referência para a ingestão de nutrientes de indivíduos e grupos. Elas podem ser utilizadas para planejar dietas, definir rotulagens e planejar programas de orientação nutricional. Foram estabelecidas conjuntamente pelos Estados Unidos e Canadá, tendo como referência a população destes países e publicadas no período de 1997 à 2004. Logo, a utilização desses valores para a população brasileira deve ser realizada mediante uma avaliação criteriosa do nutriente em questão.


Foto: Utilização das DRIs para planejamento de dietas



      A parte do aminoácido que tem moléculas de carbono será oxidada e fornecerá energia para a célula. A outra parte, que corresponde ao grupo amínico que tem nitrogênio, será transportada ao fígado, onde será convertida em uréia e eliminada pela urina. Existem evidências que sugerem que uma alimentação com excesso de proteína possa danificar os rins, devido à sobrecarga na eliminação desse composto tóxico.


         Foto: Estrutura do aminoácido para visualização dos grupos.


        Se um indivíduo ingere uma dieta balanceada e diversificada contendo em geral 30 tipos diferentes de alimentos por dia, não necessitará ingerir suplementação protéica. O aumento da massa muscular está relacionado com o exercício físico localizado e não devido à ingestão de proteína em excesso.
       Então, não deixe de combinar uma boa dieta com exercícios físicos diários para obter ótimos resultados.












Referências:
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n5/5983.pdf
http://www.asbran.org.br/arquivos/dris.pdf
TIRAPEGUI, J. Nutrição: Fundamentos e aspectos atuais. São Paulo, 2 ed. Atheneu, 2006. págs 7, 8, 9, 21, 23.








Postado por: Rayanne Fonseca

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